sábado, 24 de abril de 2010

Presentinho....

SEGUIR


Direcionar os sentidos,
Dimensionar os problemas,
Repensar as palavras,
Definir trajetórias,
Cuidar do espírito.

Recriar esperanças,
Refazer idéias,
Alcançar ideais,
Buscar respostas,
Fazer perguntas.

Revigorar o corpo,
Cuidar da alma,
Assumir caminhos,
Prosseguir na busca,
Encontrar o mundo.

Saber-se capaz de construir,
Não importa o tempo que leve,
O que necessário for.

Saber-se capaz de atingir,
Não importa o tempo que leve,
Todos os projetos idealizados.

Saber ter o apoio que precisa,
Saber ter a pessoa certa ao lado,
Saber-se apoiado em todos os momentos.

Por fim, saber-se absolutamente capaz
De superar problemas, não importam quais.
E seguir o caminho. E seguir a vida. E seguir em paz.

Jorge Newton (Poeta, amigo e marido)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Refletindo...

Valorização humana do professor.

Inicio com um questionamento: que olhar e escuta diferenciados possuem alguns professores, que outros ainda precisam desenvolver? Não nos basta apenas procurar respostas para esse questionamento, mecanicamente, mas sim procurarmos entender que o principal é o resgate a ser feito da auto-estima do profissional da educação.

O que nos deve impulsionar nesta busca é o desenvolvimento de uma escuta sensível, da voz dos educadores em processo de formação constante, e que relações podem vir a ser estabelecidas entre suas histórias de vida, desenvolvimento pessoal e profissional, seus saberes e a real caracterização do seu trabalho docente.

A formação humana não depende só da escola, depende também do contexto familiar e social de cada professor envolvido no processo."nenhum de nós está inaugurado, nós estamos em processo".(Myrthes Wenzel, ano 2001, p.16).

É importante que o professor esteja em comunhão com seus valores mais íntimos para que sua valorização inicie, em primeiro lugar, por ele próprio. E os valores não são apenas conhecimentos cognitivos, eles transcendem a cognição. Não apenas existem, eles valem e devem ser vividos, experimentados, compartilhados e postos em prática.

O ser humano é um ser de relações: ele existe como pessoa, torna-se pessoa, à medida que se relaciona consigo mesmo, com os outros, com a natureza e com a dimensão transcendente da vida.

As práticas e vivências do dia a dia de cada um são desafios para tornar nossas relações verdadeiramente humanas, nos planos interpessoal e social, desse modo passamos a valorizar a própria vida. O aprender é essencial e se concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente, e a escola, como lugar de crescimento permanente.(Nóvoa, Nova Escola, 2002, p. 23).

Não se pode dissociar o ser humano do ser-professor. Donde se conclui que o professor necessita então de todo suporte de suas memórias, de sua visão do real e principalmente de sua crença no futuro, que pode vir a ser diferente a partir da investigação de sua prática. Necessita conhecer claramente quais serão os objetivos específicos que nortearão sua ação particular, nos domínios cognitivo e afetivo, que lhes permitam inclusive, desenvolver e explorar outras linguagens.

Estarão, dessa forma, tecendo sua prática no sentido de que o real possa aproximar-se cada vez mais do ideal, do possível, baseado na teoria que a embasa.

No fundo, consideramos que o essencial nas relações entre educador-educando-conhecimento é a reinvenção do ser humano no aprendizado de sua autonomia. Me movo como educador, porque, primeiro me movo como gente (Freire, 1996, p.106).

Gisele de Oliveira Silva