domingo, 23 de setembro de 2012

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Aprender Fazendo é Mais Gostoso!

Sanduíche de Atum, com a mão na massa.Aprendizagem
com sentido.

Testando os jogos feitos pelas cursistas do Prosa

Jogo da Memória. Foram feitas novas regras por eles.

Um jogo de trilha diferente.

Jogo de trilha baseado no livro do Betinho "A Centopéia que pensava"

O grupo se diverte com o jogo da memória da história que adoraram ouvir.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Exposição do Folclore.

Nosso painel,  um trabalho feito por todos!

Um painel construído por várias mãos!

Título do Painel: escolhido por votação na turma.A turma 1202
vendo a cultura do Pará.

Cerâmica Marajoara

Concentrando-se para apresentar o Carimbó
A turma 1202 apresenta um pouco da Cultura do Pará. Frutos do Projeto de Pesquisa "Cartas para Mikael"

domingo, 9 de setembro de 2012

Embaixo da Amoreira...



EMBAIXO DA AMOREIRA...
Artigo IX
“...Fica permitido que o pão de cada dia
Tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que ,sobretudo tenha
Sempre o quente sabor da ternura... “

Parafraseando Thiago de Melo , também estabeleci  alguns Decretos:  
I – O prazer de fazer de cada aula uma poesia!
II – Deixar-se envolver pela poesia que as crianças trazem no dia a dia.
III – Compreender que essa poesia é simplesmente inerente a elas (as crianças), e que nós adultos devemos (re) aprender com as coisas que elas dizem...

“- Tia, hoje é dia de aula de Artes com argila?”
“- Sim, vamos fazer cerâmica Marajoara!”
Fazemos planos. Planos de aula. Que bom que eles são, podem e devem  ser flexíveis. Está prevista uma exposição para o dia 06 de setembro. Dentro do nosso “Projeto de Pesquisa Cartas para Mikael”, vamos organizar um painel e vamos apresentar o Carimbó, dança típica do Estado do Pará. Dentro de todo esse planejamento está previsto  também o trabalho com a argila, para relembrar a cerâmica Marajoara. Fazer algumas peças, experimentar o prazer de mexer no barro e transformá-lo em um objeto de arte.
No lado de fora de nossa sala há uma amoreira, motivo de festa, alegria, sabor. Fomos para lá “fazer nossas obras de arte”. Recebemos a visita de nossa Coordenadora,  que é apaixonada pelo nosso trabalho. O prazer de trabalhar com a argila era tanto que esqueceram o objetivo dele. Ao serem questionados  sobre o que estavam fazendo só respondiam em coro: “ ARGILA” .  Objetivo? Que objetivo?  O que eu, como professora, tinha pensado com esse trabalho? Me questiono , às vezes, quem está aprendendo o quê?  Quem está aprendendo com quem?  Que objetivos estamos alcançando com esse trabalho? E quase sempre são as crianças  que me trazem de volta desses  devaneios com atos e palavras simples. Ver o prazer com o qual as crianças utilizaram a argila, seus olhos brilhando de satisfação em transformar e  transformar o barro muitas  e muitas vezes, desenhar, redesenhar, sorrir e rir  de si e dos outros.  Perceber que não havia espaço para o não sou capaz, para o não consigo, ou para outras tantas amarras que nos são colocadas cotidianamente.  Tudo isso me fez parar de pensar e apenas observar,  aproveitando a poesia do momento.
Construir, desconstruir, sujar-se de barro e adorar estar assim! São tantas emoções, sentimentos, que as palavras são poucas, por vezes escassas, indizíveis (se é que isso é possível)!
No meio dessa folia de sensações, uma aluna, após terminar sua obra, me pergunta:
-Tia, minha mãe pediu que a próxima vez que nós viéssemos aqui fora, eu levasse amoras para ela. Posso pegar?[1]
Respondi: “ Claro que sim. “
A mãe está grávida e com desejo de comer amoras. Aqui entra a segunda parte da poesia do momento. Não há fotos, descrições ou teorias que expliquem o quadro que se formou (ou se pintou) a minha frente:
Kaylanne recolhe amoras no chão.  Thainá passa a ajudá-la.  Os outros mexem com a   argila, conversando, sorrindo, experimentando, molhando as mãos.  Marcelo deixa sua obra para secar ao Sol e passa também a recolher as amoras.  Os três vem com as mãozinhas cheias de amoras, vermelhas, pretas, inteiras, amassadas, com carinho para não machucá-las e depositam no copo descartável que eu já havia providenciado.
Não há palavras. Há ternura, solidariedade, carinho, amor, atenção, cuidado. Compartilhamento. Há a doçura de colher e ofertar amoras a quem se ama sendo auxiliado por quem divide momentos de aprendizagem.
Após as obras terem sido terminadas pergunto: E aí, o que vocês acharam de trabalhar com a argila?
Resposta geral: “ Precisamos é  fazer isso mais vezes...”

Decreto IV:  Fica terminantemente proibido não se emocionar...

Gisele de Oliveira Silva
Professora Alfabetizadora


[1] Até pouco tempo atrás era bastante comum a presença de uma amoreira no quintal das casas. Rústicas, resistentes e de fácil cultivo eram a garantia de frutos doces e deliciosos para a alegria de crianças e adultos. Com o passar do tempo (e com o fim dos quintais), as amoreiras passaram a ser vistas como plantas silvestres. Seus frutos, delicados e perecíveis, não são capazes de sobreviver à aventura de sair do campo e chegar aos supermercados e, assim, as amoras foram gradualmente ficando na doce lembrança de quem tinha o privilégio de degustá-las ali mesmo, ao lado da árvore.











 Algumas fotos para ilustrar o momento!